quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Afinidade,
Elucubração,
Impermanência,
Quimera
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Onírico
Sonho com o mar.
A paisagem é úmida e sufocada,
insólita e precariamente equilibrada
– uma agitação dentro da quietude do sono.
Há outra praia? Houve outra?
A gentileza balsâmica deste oceano
carrega o peso de levar minhas emoções
para longe deste vazio,
que se faz a insignificância de meu sonho.
Escrito por
Fabrício César Franco
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Efeméride,
Impermanência,
Itinerário,
Quietude,
Requinte
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Joias litorâneas
Nas praias vivem os arautos do tesouro
: meninos descalços, sem camisa, sem escola,
deuses da beira-mar.
No açoite das ondas nos rochedos,
a oblação do oceano
: estrelas-do-mar, caurins, conchas –
inteiras, infractas, resplandecentes.
A possibilidade polida em turquesas marítimas, esmeraldas oceânicas, safiras pelágicas, variegadas gemas mágicas.
Transubstanciação, sortilégio antigo,
na solidão dos promontórios
eles fazem do que encontram
artesanato, colares e pulseiras.
Abrolham repentinos,
como se surgidos da própria viração.
No comércio convicto de seu engenho,
não regateiam talento, mas o preço,
durando apenas o enquanto
do negócio para, logo em seguida,
deixar apenas rastros difusos
a serem comidos pela próxima vaga faminta.
Escrito por
Fabrício César Franco
Houve uma vez um verão.
Há desta vez um verão.
Haverá outra vez um verão?
Pelo sim, pelo não,
quero sorver o calor
até a última gota.
(Um dos meus primeiros poemas, escrito ainda quando eu era - bem! - adolescente.
Sobreviveu às inúmeras tentativas de desprezá-lo de vez; agora, sem retorno).
Sobreviveu às inúmeras tentativas de desprezá-lo de vez; agora, sem retorno).
Escrito por
Fabrício César Franco
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